Crime
Operação é montada no Rio para prender criminosos que participaram de estupro coletivo
Até o momento houve tiroteio e um suspeito foi detido; ação prossegue durante a tarde
Policiais militares do Grupo de Ações Táticas realizam na manhã deste sábado (28) uma grande operação na comunidade São José Operário, conhecido como morro da Barão, na Praça Seca, zona oeste do Rio. O objetivo é identificar e capturar criminosos que participaram do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos no fim de semana passado. Houve tiroteio e, até agora, um suspeito foi detido. A ação prossegue neste momento.
De acordo com a PM, 70 agentes de sete batalhões participam da operação, com apoio de helicóptero, veículos blindados e do Batalhão de Ação com Cães (BAC). Além de capturar os agressores, a ação visa a "dar maior sensação de segurança à população", diz a corporação em nota.
O morro da Barão é o local onde a adolescente foi estuprada por 33 homens, segundo o depoimento da própria jovem à polícia. Ontem, a Polícia Civil já havia realizado uma operação para cercar a casa onde teria ocorrido o crime e realizar a perícia do local.
Na entrada dos policiais na comunidade durante a operação desta manhã, não houve resistência, de acordo com a PM. Porém, no ponto alto do morro, próximo à mata, alguns criminosos dispararam contra os agentes, e houve "breve confronto", sem feridos.
Além do suspeito detido, ainda não identificado, a polícia apreendeu drogas e recuperou dois veículos roubados, um Corolla e um Gol. O caso será registrado na Cidade da Polícia, sede das delegacias especializadas na zona norte do Rio e onde o caso do estupro está sendo investigado.
Vítima deixa casa
A jovem de 16 anos vítima de estupro coletivo que teve imagens divulgadas nas redes sociais deixou na manhã deste sábado o apartamento onde mora com a família, informaram dois porteiros do condomínio de classe média no bairro da Taquara, na zona oeste. Segundo funcionários, ela saiu com toda a família, sem dizer quando voltaria. A moça mora com a mãe, o pai, um irmão mais novo e o filho de três anos, segundo vizinhos.
O crime assustou os moradores do condomínio, formado por três edifícios, cada um com cinco andares, e uma área de lazer comum, com piscina. "Foi uma das coisas mais terríveis que já vi na minha vida, muito chocante. Eu vejo sempre a família na piscina, converso com o pai e a mãe dela. Com ela não conversei, mas a via sempre. É uma moça muito bonita. Esse lugar onde ela foi, aquela comunidade é muito perigosa", disse Rogério Abdala, morador do condomínio, referindo-se à favela São José Operário, onde fica a casa em que a jovem foi atacada, segundo ela por 33 homens.
Os agressores, segundo a vítima, estavam armados e a insultaram da várias formas. Imagens da moça depois do estupro foram divulgadas em redes sociais e chocaram internautas, que denunciaram o fato ao Ministério Público. O policiamento está reforçado neste sábado na região próxima à Praça Seca, também na zona oeste, onde fica a favela.
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